top of page
tigre skif.png

Representar um sistema ou sobreviver diante do adversário?

Oss!

No sentido do combate, nada mais importa do que sobreviver. Diante da realidade de seguir uma tradição acima do espírito do combate, tem algo de errado no modo de pensar e proceder desta forma. Sei o que quero pra mim e isso não inclui fé cega em nada nem em ninguém, mas isso as vezes lhe isola no universo das artes marciais.

Percebo uma realidade. Devemos sim ter um mestre, seguir a rigor o treinamento e estudo daquele mestre e escola, mas a partir do momento em que você não pode na mente desses mestres seguir a sua intuição e tendências, há de fato algo limitador no caminho. Vejo claramente esse fato, quero dizer, temos no caso do Shotokan Ryu um estilo excelente tecnicamente falando e muito completo quando enxergamos ele fora dos limites impostos pelo sistema o qual estudamos ele.

Como sempre falo, este é o ponto de partida para perceber a grandeza do Karate em sí e seu espírito, vivo dentro do sistema Shotokan. É muitas vezes  a ele que temos que recorrer quando há deterninada dificuldade de aplicar o sistema idealizado para o Shotokan, pelos mestres. Mas ao mesmo tempo é esse o ponto em que você começa a ser incompreendido, boicotado e a ser visto como picareta ou inventor de ideias!

É inegável que você estudante de Shotokan Ryu sente determinada carência em alguna aspectos do ensino do sistema que praticamos e com isso, acaba preso a determinado padrão de ensino que embora eu acresite ser fundamental ser do jeito que é pela estrutura do ensino ter que ser mesmo desta forma, pois certamente o tempo de aprendizagem do Karate é de fato maior e oferece mais dificuldade do que o tempo de aprendizagem das artes marciais da preferência no atual Brasil e ocidente pela maioria, mas tal carência do jovem ou não, mas adepto do Karate de Shotokan, inclui a necessidade de treinamentos paralelos ao tradicional que dê mais atenção a como lutar contra outros tipos de ataques que não os do Karate, mas de outras artes marciais e geral.

Não, não há nada se errado no Shotokan e sim, como sempre dizia e ainda diz para os alunos o meu antigo Sensei, "o Karate está pronto sem a necessidade de criarmos nada novo pra ele", mas sim percebo que há uma carência de ser visto, treinado e aplicado pelos seus adeptos de modo versátil e acredito que isso deva ser estimulado nos adeptos pelos professores e mestres.

Aí entra a preocupação de estarmos pensando em sobrevivermos ou representarmos uma tradição coisa que nada de errado há, desde que seja de maneira inteligente!

O mundo gira, as pessoas deixam de ser ingênuas e com isso, a necessidade de progredirmos com o estudo do que consideramos tradicional se faz necessário. Como diz o Sensei Flavio Rocha também do Shotokan Ryu, ele sabiamente crê que quando se pensa em esquentar a água para não esfriar quando falamos do treinamento do Karate-Do segundo os ensinamentos do nosso Sensei o Sensei Gichin Funakoshi, ele crê que mais que entendermos como apenas treinarmos para não perdemos a prática esse esquentar a água se não ela esfria, ele crê que devemos fazer exatamente esse trabalho de meditação a respeito das novas descobertas de aplicações das nossas técnicas e com os pés no chão sem fantasia, pensarmos em modos inteligentes de uso do nosso Karate não pensando num sistema já manjado, mas sim em aplicações inteligentes de acordo com a realidade do mundo contemporâneo.

Fica a reflexão para os amigos que me acompanham e que pensam amplo sobre o estudo do Karate-Do Shotokan Ryu pensado fora da caixa doutrinadora e com possibilidades de fluidez.

Oss!

Sensei Allan Franklin

Sensei Allan Franklin desenho-1.jpg
bottom of page