Oss!

 

Quando qualquer pessoa visita uma escola de Karate-Do Shotokan Ryu, ela certamente verá dois tipos de aulas. Determinados Dojo focam em aulas tradicionais e aí estaríamos falando do Karate com foco marcial, mas ainda assim dentro de um determinado programa de estudo dessa arte, assim como há também os Dojo que focam no Karate esportivo. Em ambos os casos há determinados programas e ritmos a serem seguidos nessas escolas, mas em se falando de Bunkai, ou seja, o estudo das técnicas que estão contidas nos Kata que por sua vez, são como arquivos que transportam a argumentação técnica do Karate através dos tempos que inclusive muitos negligenciam o estudo dos mesmos e muito perdem com isso, por vezes segue-se apenas uma linha de raciocínio que é a adotada por aquela escola em particular. Quando aceitamos as variadas versões, possibilidades e interpretações passadas por mestres sérios, chegamos a conclusão de que a arte pode ser estudada a vida toda e muito saberemos dela, mas partiremos da vida sem tudo saber! Nesse estudo é possível constatar que por mais que mais se pratique e ensine o Shotokan Ryu com ênfase na média e longa distância enfatizando também muito Tai-sabaki, podemos observar que os Kata de um modo geral, são para aplicações dentro de situações a curta distância e é justamente nesse ponto que vemos que o Karate é um só em essência e que muito se aproxima de outros estilos de Karate e artes marciais em geral!

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Acredito que o estudo do Karate-Do Shotokan Ryu quando firmado na busca pela eficiência, os resultados vão além de tudo que as escolas pretendem para o Shotokan. E a busca de Naka Sensei  da JKA em sua jornada para estudar e entender mais a estrutura do Karate e que Asai Sensei e Kanazawa Sensei foram pioneiros nessa busca que resultou a criação de suas respectivas escolas, confirma isso. A amplitude da arte se manifesta naquele que tem visão larga enquanto alguns que só se permitem ver o que uma linhagem vê, ficam com uma concepção mais estreita da arte. Nisso não há problema dentro do próprio universo do Karate Shotokan, mas quando pensamos no Shotokan  diante de outros estilos de Karate e artes marciais as quais lidam com outras óticas, se o indivíduo têm essa tal visão curta, pode se encontrar em determinada dificuldade. Com isso não digo que haja algum aspecto superior em outros estilos, mas sim que quando conhecemos a fundo as possibilidades do Shotokan Ryu o vendo e  explorando  toda a gama técnica contida nele, alcançamos uma compreensão na arte, que nos mostra uma equivalência técnica entre os estilos. E com isso, se você treina assim, você conhece onde e como o adversário de outro estilo de Karate ou mesmo arte marcial, vai transitar e agir. Com isso, você ainda tem o domínio do próprio sistema adotado pelo Shotokan o qual é sua zona de conforto e ele não conhece, ou seja, você conhece o dele e o seu por ter mente aberta. Por isso vale a pena enxergar não só a realidade de que as técnicas dos kata Shotokan por ter suas raízes e origens no Shuri-Te e Shorin Ryu de um modo geral, são especializadas para as situações de luta de perto.

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Portanto estude minuciosamente cada técnica, cada aplicação e suas variações de maneira mais inteligente possível aceitando assim, as explicações plausíveis de cada mestre sério desse estilo e leve tais ensinamentos para os seus estudos particulares desta arte e estilo. Nesses kata Shotokan Ryu estão variadas opções de técnicas de percussão e golpes traumáticos mais evidentes e outras escondidas. Existem muitas projeções, torções e assim vai. É só analisar qualquer boa demonstração dessas técnicas ali presentes, que até mesmo o que é aplicado e demonstrado a média distância, se aplicaria perfeitamente a curta distância e isso fica evidente quando você pega essas técnicas e vê de fato que tudo não está sendo adaptado para a curta distância, mas sim foram criadas para curta distância e adaptadas a média e longa distância de acordo com o planejado para o Shotokan.

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Riza geri, Mae-empi, Tate-empi entre tantas outras técnicas são naturalmente para curta distância, mas nos kata são mostradas a média distância. Mas se você observa uma demonstração de Goju Ryu Karate, você percebe claramente que as técnicas são o tempo todo as mesmas! Pegue o seguinte exemplo; se você  faz um tsukame-uke e usa um Tate-empi e ao invés de aplicar no queixo do adversário como mais comumente aprendemos no Shotokan Ryu, mas sim  encurta a distância e aplica no externo do adversário voltando o punho fechado descendo um tetsui-otoshi no rosto do adevrsário, você teria aí aplicado todas essas técnicas que aprendemos no Shotokan dentro de outro panorama, mas mais aplicada de acordo com a ótica do adepto do Goju Ryu! É justamente esse tipo de reflexão que nos alarga a mennte, mas que para tal, você precisa ser humilde e observar os outros estilos de Karate e artes marciais para descobrir o uso inteligente de outras formas do que aprendemos dentro de um único panorama, ou seja, o panorama do Shotokan Ryu.

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Pense nisso e prospere nos seus estudos de Karate-Do Shotokan Ryu, pois o limite  que engessa qualquer caminho tradicional, só existe na mente fechada.

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Sensei Allan Franklin

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